O livro de Brad Klontz e Ted Klontz nos leva a refletir sobre como as nossas emoções impactam as decisões que tomamos em relação ao dinheiro. Aposto que você já comprou um mimo para si mesmo ao final de um dia difícil, ou, conhece alguém que fez uma compra de grande valor após uma decepção amorosa ou processo de luto. Essas atitudes não são por acaso e você não está fadado a ser refém delas! Hoje vou te contar como; no livro A Mente Acima do Dinheiro, podemos aprender como driblar esse ciclo.
Primeiramente, os Klontz nos ensinam que nossas decisões financeiras são guiadas pelas nossas emoções e impulsos mais primitivos, isto é, aqueles que foram construídos na primeira infância (até os 7 anos de idade). Dessa forma, eles nos ensinam 3 condicionantes para os nossos preceitos financeiros, que devemos conhecer para que não se repitam toda vez que determinado gatilho for ativado:
Condicionantes familiares: se trata da influência que as pessoas mais próximas têm sobre nós, e frases mais escutadas, como “ricos são avarentos”, “pobre é preguiçoso”
Condicionante da realidade financeira e econômica: se você passou por dificuldades financeiras nessa idade ou não, caso o negócio dos seus pais tenha ido à falência, se você teve pouco acesso, inflação, desemprego, pandemia etc etc
Condicionantes Culturais: o contexto que você estava inserido nessa idade, as ‘normas’ que diziam como o seu comportamento deveria ser, por exemplo: você precisa estudar para que você seja independente e não dependa financeiramente de ninguém
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Agora que sabemos a origem dos nossos preceitos
Devemos dar um passo adiante e rever os flashpoints financeiros, ou seja, as memórias da infância que tem a ver com dinheiro, que influenciaram de forma positiva ou negativa. Por exemplo, você pode lembrar de quando ganhou um presente que queria muito e sabia que ele custava caro, mas seus pais compraram mesmo assim, ou então alguma vez que você estava com vontade de comer algo mas seus pais não tinham dinheiro para comprar… mesmo sendo tão novos, essas experiências nos marcam.
A partir disso, é preciso reescrever e ressignificar esses preceitos financeiros para definir outros padrões que sejam mais benéficos para a sua vida financeira, por exemplo, em vez de pensar que pessoas ricas são avarentas, pense que pessoas ricas podem ser a fonte de riqueza na vida de outras pessoas. Com isso, é possível repensar melhor antes de tomar grandes decisões financeiras, e sempre se pergunte e pergunte também para pessoas que são referência para você, não aja no impulso.
No livro também são listados 12 distúrbios financeiros, que são divididos em 3 grandes grupos:
Adoração ao dinheiro: é o oposto da rejeição, gastar em demasia, assumir muitos riscos, comprar itens que não precisa
Rejeição: pensamento negativo como medo do dinheiro acabar, escassez, avareza
Distúrbio de relacionamento: já este ponto é subdividido em quatro:
3.1 Infidelidade: mentir sobre gasto pro seu cônjuge
3.2 Incesto: pais envolvem os filhos numa mentira financeira
3.3 Facilitação: prover e custear gastos de uma pessoa que tenha condição de assumir sua independência, assim essa pessoa não cresce e desenvolve independência.
3.4 Dependência Financeira: amarrar uma pessoa pra que ela seja dependente financeira, por exemplo, impedir que seu cônjuge trabalhe e exigir que ele faça algo em troca porque é você quem o sustenta. Isso é muito comum em relações abusivas.
Para saber na íntegra os 12 distúrbios você terá que ter o livro hahaha
A obra também nos traz outras provocações, os autores afirmam que não adianta ganhar mais dinheiro, você precisa saber administrar seja ele muito ou pouco!
Por fim, eu gostaria que você respondesse as seguintes perguntas comigo: você tem mostrado ao seu dinheiro quem é dono de quem? O quão consciente e racional você tem sido ao tomar as decisões sobre o seu dinheiro?
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